A PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARI E AS MUDANÇAS DE LOCAL
- Adenildo Bezerra
- 22 de jun. de 2022
- 3 min de leitura

O município de Arari foi emancipado politicamente em 27 de junho de 1864, dia em que a Lei nº 690 foi sancionada pelo governador do Maranhão, à época. O primeiro administrador do lugar foi o tenente-coronel, José Antônio Fernandes, que fora o vereador mais votado na eleição municipal de 7 de setembro de 1864. Como ele foi o mais votado, pela lei da época, teve o direito de administrar o município. Em 8 de janeiro de 1865, a Câmara Municipal foi instalada e, oficialmente, Arari foi criado.
A primeira prefeitura de Arari, que, no período da emancipação, recebia o nome de Intendência, fora instalada num sobrado que ficava às margens do Mearim, na rua Grande, hoje conhecida como Rua Padre José da Cunha d’Éça. Era a principal e única via da Vila do Arari. Só lembrando, que Arari só veio adquirir foros de cidade em 1938. No prédio de dois pavimentos (ver foto acima) funcionava, além da Intendência Municipal, a Câmara de Vereadores, a delegacia e o quartel da extinta Guarda Nacional. A Intendência funcionou nesse local até o ano de 1944, quando o imóvel foi destruído pelo prefeito Ari dos Santos Guterres, por encontrar-se muito próximo do rio e com muitas rachaduras.

Daí, a sede da Prefeitura foi transferida para um prédio (foto acima) localizado na mesma rua, um pouco mais acima e distante do rio Mearim. O prédio hoje pertence à Família Bogéa e localiza-se em frente à Assembleia de Deus. Em 1962, a prefeita Maria Ribeiro Prazeres vendera o prédio para o senhor Raimundo Bogéa e alugou outro, improvisado, na mesma rua Grande, às margens do rio, perto da casa do Salim Salomão, que pertencia ao senhor Leandro Ribeiro.
Em 1965, o prefeito Raimundo de Sousa Fernandes (Caiçara) transferiu a Prefeitura Municipal para outro prédio alugado, localizado na rua Pedro Leandro Fernandes, que pertencia ao senhor Nildo Ribeiro (hoje uma grande casa próxima à ponte do Nema). Alguns meses depois, Caiçara adquiriu um prédio próprio para abrigar a prefeitura. O imóvel pertencia ao ex-prefeito Antônio Garcia e localizava-se na mesma rua. Atualmente, esse imóvel pertence ao senhor Manassés.
Em 1973, o então prefeito Biné Abas vendeu o imóvel e transferiu a Prefeitura para outro prédio, que pertencia ao ex-prefeito Tonico Santos (pai do Zeca Baleiro), localizado na Rua Padre José da Cunha d’Éça, próximo à Assembleia de Deus novamente. Nesse prédio, além da prefeitura, funcionou, depois, o Centro Cultural, biblioteca municipal, TELMA (Telecomunicações do Maranhão), Sistema Arariense de Televisão, Secretaria de Educação, e hoje abriga a Escola Municipal Raimunda Marques Garcia.

No final da década de 1970, na administração do prefeito Domingos Aprígio Batalha, a sede da Prefeitura volta a ser transferida de lugar. Passa para o prédio que pertencia à Capitania dos Portos, localizado às margens do Mearim, ao lado da Igreja Matriz e do Colégio Arariense. Com a diminuição do fluxo de embarcações no rio Mearim, a Capitania extinguiu o posto de Arari e passou o imóvel para a Municipalidade. Era amplo, muitas salas, onde a prefeitura ficou instalada até o final da década de 1980 (ver foto acima).
A última mudança de local da Prefeitura Municipal de Arari, ocorreu no início da década de 1990, após a construção de um prédio próprio pelo prefeito Leão Santos Neto, que administrou Arari por quatro vezes. Leão, visionário e com ideias modernas, mandou construir um prédio espaçoso, com dois pisos, numa localização estratégica, no centro da cidade, na avenida principal. Para muitos, o prédio atual da prefeitura de Arari é um dos mais bonitos e modernos da região. Antes da edificação, no local existia o posto de saúde municipal.

Durante a gestão do prefeito Djalma de Melo Machado, o prédio passou por uma grande reforma. Foi ampliado, ganhou novos departamentos, climatização total e auditório próprio. Foi equipado com portas e janelas de vidro, o muro também foi feito com vidro temperado, dando um aspecto altamente moderno para o imóvel (ver foto acima).
Texto construído a partir de informações do historiador, João Francisco Batalha.
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